terça-feira, junho 27, 2006
domingo, junho 11, 2006
Feita de graça e feitiços
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Feita de graça e feitiços
Me acende no coração
A fogueira da paixão
A moça de negros frisos.
Não dá sombra à sua face,
Cor de cravo que seduz,
O cabelo em seu enlace
Pois os olhos lhe dão luz.
Juro que hei-de consagrar
As forças que Deus me deu
Em contentamento dar
Ao que é semelhante meu.
Tarefa vã pois reparo
Que no pouco desejar
Está o tesouro mais raro
Se a bondade o enquadrar.
Poema de Ibn'Sara
Quarteto "Atlântida"
Eduardo Ramos: música, voz, viola, campaniça, cimbalos
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quarta-feira, maio 17, 2006
É o teu sorriso
É o teu sorriso
quinta-feira, abril 27, 2006
A amada de Ibn Amar
quinta-feira, abril 13, 2006
Olha essas flores
domingo, abril 09, 2006
Intimidade e Sonho
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sexta-feira, março 31, 2006
segunda-feira, março 27, 2006
Melancolia
quarta-feira, março 22, 2006
sexta-feira, março 17, 2006
Exílio
.. * ..
Exílio
eles saíram implorando chuva
e eu disse-lhes: ah quem dera
que pudesse meu pranto vos servir
em troca da chuva que buscais!
responderam: na verdade,
tuas lágrimas seriam quanto basta,
porém, de que nos serviriam
se com sangue se encontram misturadas?
terça-feira, março 14, 2006
A Missiva
A Missiva
sexta-feira, março 10, 2006
Lenda do mouro de chapéu de aba larga
Lenda do mouro de chapéu de aba larga
O Castelo de Silves, conta-se..., tem uma lenda de um mouro encantado.
De manhã, aparecia com o seu chapéu de aba larga, na parte norte do Castelo e desafiava as lavadeiras que lá se encontravam lavando. Quase todas lhe faziam surriada e o mouro vingava-se fazendo cair, sobre elas, chuvas de pedra.
O mouro desapareceu, quando foram instaladas as prisões, no Castelo.
Os presos diziam que, à meia noite, sentiam estremecer todo o Castelo e, ao longo da madrugada, ouviam o mouro mexendo em papéis velhos.
***
Hoje, ao visitar o Castelo, lembrei-me desta lenda... não muito conhecida.
terça-feira, março 07, 2006
A carta
~* ~
A carta
lua plena no horizonte do meu peito!
este poema não traz da mentira o jeito.
ao escravizares da fala a beleza,
pérolas espalhaste com largueza.
deixá-lo! enfia-las-á minha razão.
exclamei:
Allâh! que inteligência tão ornada
que pérolas rouba ao avaro mar.
aves que chegaram: vem à minha mão
esse teu segredo. não quero mais nada.
glória do meu reino, júbilo sem par:
apenas dois versos, tão somente dois
que de um puro amor me falam depois.
Al- Mu'tamid
~* ~
Dirigido a uma das suas favoritas que lhe enviara versos através de um pombo.
sexta-feira, março 03, 2006
A Amada
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A Amada
ó minha eleita sem par
de entre toda a humanidade:
estrela! lua a brilhar!
haste erguida e escorreita
gazelita no olhar.
da flor tu és o alento
és a brisa perfumada,
minha dona, meu sustento,
e grilheta bem-amada.
cego ficaria e surdo
pra que fosses resgatada.
chama-me que logo acudo.
...
Al- Mu'tamid
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quarta-feira, março 01, 2006
sábado, fevereiro 25, 2006
Generosidade
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Generosidade
generosidade! és mais doce
que vitória sentir no coração
contigo é que se alcança a posse
daquilo que não alcança a nossa mão
...
ó rosto solar do crepúsculo e da alva!
tenho saudades do tempo generoso
como a terra seca do orvalho dadivoso.
...
...
Al-Mu'tamid
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segunda-feira, fevereiro 20, 2006
O Adeus
~* ~
O Adeus
pra paixão calar fiz voto de silêncio
mas a língua queixosa ficou revoltada.
elas partiram disfarcei o meu amor,
água de tristeza em forma de murmúrio.
acompanhei-as até ao romper da alva,
já a noite perdera a sua razão de ser.
e atónito para ali me deixei ficar:
a manhã roubara-me as estrelas.
Al-Mu'tamid
~*~